31 Devocionais #15 – Multiplicação

    
     Deus é um Deus de impossíveis, de milagres! E Ele nos mostra, ao longo da história, que um de Seus milagres favoritos é o da multiplicação. Ele não apenas multiplicou os pães (2 vezes!), mas têm multiplicado tudo ao nosso redor desde muito tempo.
    
     O Senhor multiplica as coisas em quantidade – como Ele prometeu à Abraão que faria com sua descendência (Gn 15:5). Ele multiplica nosso conhecimento, nossas armas, multiplica nosso pão, nossas bênçãos, multiplica nossa fé, e toda Glória é dEle! Jesus multiplicou a pesca de Pedro, Tiago e João, multiplicou o azeite e a farinha da viúva que alimentou Eliseu. Multiplicou a igreja a partir dos Seus 12 discípulos. Na história de Gideão (Jz 6 e 7), porém, o Senhor deixa claro que, mais do que quantidades, Ele é interessado em multiplicar em qualidade.
    
     Quando os midianitas se levantaram contra Israel, Gideão encontrou 32 mil homens que lutariam contra os 135 mil do exército inimigo. Interessava ao Senhor libertar Israel da opressão dos midianitas; porém, interessava à Ele que os israelitas soubessem que seu Deus era com eles e que Ele os havia livrado da derrota, então Ele reduziu os 32 mil homens à 300. O Senhor reduziu o exército ao grupo de homens mais corajosos, para que tivesse o melhor do grupo em Suas mãos, e total liberdade para operar um grande milagre de multiplicação de possibilidades naquela batalha.
    
     O Senhor promete que multiplicará o pão, mas nem sempre promete que multiplicará os nossos exércitos. Na Cruz, nós temos uma eterna promessa de vitória. Se parece que suas forças e seus homens têm se minguado, saiba que Ele não é homem para que minta – se Ele não multiplicar seus números, Ele multiplica suas chances de entrar em chamas com o menor resquício de fagulha que restar.
    

31 Devocionais #4 – Ser exatamente aquilo que a gente é

     Minhas inseguranças, somadas ao bullying que sofri em grande parte da minha vida, me tornaram uma pessoa muito dependente da opinião dos outros. Tanto em relação ao que eu devo fazer, quanto ao que devo vestir, comer, como me portar. Até pra escolher qual foto iria parar no meu Instagram eu precisava de uma opinião, porque a vida nunca me deu motivos pra confiar em mim mesma e na minha capacidade de decidir as coisas por mim.
    
     Por outro lado, eu sempre me senti pronta a opinar na vida dos outros, assim como outros também muito inseguros se sentiam confortáveis pra responder meus inquéritos quando eu precisava de uma opinião (deixando claro que não acho que pedir opiniões seja errado ou ruim – a vida é feita de muitos pontos de vista diferentes e quase todos merecem ter sua voz). O problema foi que eu, e outros – muitos outros – nos prendemos em uma cadeia de dependência da opinião e validação que o mundo pode nos oferecer.
    
     Por muito tempo, eu usei o texto de Mateus 4:4 como um incentivo ao jejum – Não só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca do Senhor. E, no fundo, não deixa de ser – Jesus foi tentado depois de um longo período de jejum – , mas é mais. O pão alimenta nosso corpo (e isso é um assunto pra depois), mas a Palavra de Deus alimenta nossa alma e nosso espírito. E o ponto importante desta análise é: do que sua alma e seu espírito tem se alimentado?
    
     Quando você se alimenta da opinião dos outros, e alimenta os outros com suas opiniões, você nega a soberania da Palavra de Deus como aquela que realmente diz a Verdade sobre quem nós somos e devemos ser. Quando você se adequa àquilo que os outros dizem a seu respeito, em vez daquilo que o Senhor diz a seu respeito, você não só vai ser menos do que pode, mas nunca vai encontrar a alegria que tanto busca na validação do mundo. Silencie as vozes que querem te dizer quem você é. O Senhor já determinou, o Caminho já foi aberto, e nenhuma Palavra que sai da boca dEle volta vazia.
     
     “Isso de querer ser exatamente aquilo que a gente é ainda vai nos levar além” Paulo Leminski.